Anúncios no WhatsApp: Como a Plataforma Está Mudando com a Publicidade

WhatsApp agora tem anúncios! Veja como funciona, onde aparecem, e o que muda com a nova fase de monetização do app mais usado do mundo.
Desde sua criação, o WhatsApp era conhecido por ser um espaço livre de propagandas, focado exclusivamente em mensagens rápidas e seguras.
Mas essa era chegou ao fim. Em 16 de junho de 2025, o aplicativo mais popular do mundo entrou de vez no mundo da publicidade digital.
Agora, os anúncios no WhatsApp estão se tornando realidade, trazendo uma nova dinâmica para usuários, empresas e criadores de conteúdo.
A seguir, vamos explicar de forma clara, curiosa e detalhada tudo o que você precisa saber sobre essa grande mudança.
Sumário do Conteúdo
- WhatsApp agora exibe anúncios — e não é só isso!
- Por que o WhatsApp decidiu exibir anúncios agora?
- Como os anúncios no WhatsApp funcionam na prática?
- Privacidade: O que a Meta promete (e o que você deve observar)
- WhatsApp Business e publicidade: o que já existia antes
- Experiência do usuário: Vai mudar o jeito como usamos o app?
- Comparativo com outras redes sociais
- Conclusão: WhatsApp está mudando — e é só o começo
WhatsApp agora exibe anúncios — e não é só isso!
O WhatsApp foi, por muito tempo, o último reduto da Meta sem anúncios integrados diretamente em seu ambiente. Mas a partir de junho de 2025, esse cenário começou a mudar.
A primeira coisa que chama atenção é o local onde os anúncios começaram a aparecer: a aba "Atualizações", que reúne os Status (parecidos com os Stories do Instagram) e os Canais, novidade que vem crescendo cada vez mais.
Essa mudança faz parte da estratégia de monetização do app, que conta com mais de 2 bilhões de usuários no mundo inteiro.
Mas calma: suas conversas privadas continuam seguras. A Meta garantiu que as mensagens pessoais e chamadas seguem com criptografia de ponta a ponta, sem interferência de anúncios nem uso dessas informações para segmentação.
Por que o WhatsApp decidiu exibir anúncios agora?

A resposta é simples: monetização.
Apesar de ser o mensageiro mais usado do planeta, o WhatsApp nunca foi uma fonte significativa de receita para a Meta, ao contrário do Instagram e Facebook.
Com essa nova fase, a Meta tenta transformar o WhatsApp em um ambiente mais lucrativo, sem necessariamente prejudicar a experiência dos usuários.
Com o lançamento global dos anúncios, a empresa passa a investir pesado em:
- Espaços publicitários no Status e nos Canais
- Planos de assinatura para conteúdo exclusivo
- Promoção de canais por empresas e criadores de conteúdo
Essa abordagem abre caminho para que marcas alcancem diretamente o público dentro do próprio WhatsApp — algo inédito até então.
Como os anúncios no WhatsApp funcionam na prática?
Anúncios no Status: Stories com publicidade
Se você já usa o Instagram, vai entender fácil: ao assistir os Status de amigos ou contatos, anúncios podem aparecer entre uma visualização e outra. Eles são semelhantes aos Stories patrocinados de outras redes sociais.
Esses anúncios têm um objetivo claro: levar o usuário a conversar com empresas no próprio WhatsApp.
Ao clicar, você será direcionado diretamente para um chat com a marca. A ideia é criar uma ponte direta entre consumidor e empresa, reduzindo etapas e aumentando a chance de conversão.
Canais Promovidos: visibilidade turbinada
Outra grande novidade é a possibilidade de promover canais. Isso mesmo: agora, quem administra canais pode pagar para aparecer em destaque no diretório do WhatsApp.
Com isso, criadores de conteúdo e empresas ganham mais visibilidade e podem alcançar públicos segmentados de forma mais eficiente, tornando o canal uma ferramenta de comunicação de massa.
Canais pagos por assinatura: a Netflix do WhatsApp?
A terceira aposta são os canais por assinatura, onde o administrador pode cobrar uma mensalidade para oferecer conteúdos exclusivos. Essa função é ideal para:
- Criadores de conteúdo digital
- Clubes de benefícios
- Empresas com conteúdo premium
Ou seja, além de ser uma plataforma de mensagens, o WhatsApp começa a se transformar também em uma ferramenta de monetização de conteúdo.
Privacidade: O que a Meta promete (e o que você deve observar)
.webp)
Quando falamos em anúncios, a maior preocupação dos usuários é: "Minha privacidade está em risco?"
A Meta garante que mensagens pessoais e chamadas não são usadas para exibir anúncios. A segmentação será feita com base em dados bem mais limitados, como:
- Localização aproximada
- Idioma do dispositivo
- Canais que o usuário segue
- Interações anteriores com anúncios
Além disso, se você tiver ativado a Central de Contas da Meta, o WhatsApp poderá usar algumas informações do Facebook e Instagram para personalizar os anúncios. Mas a empresa garante: números de telefone não serão compartilhados ou vendidos.
Ainda assim, vale lembrar: sempre que há integração entre plataformas, há margem para questionamentos sobre limites da privacidade. Por isso, é essencial que o usuário monitore as configurações de privacidade regularmente.
WhatsApp Business e publicidade: o que já existia antes
Antes dessa nova fase, o WhatsApp já permitia anúncios indiretos por meio do WhatsApp Business. As empresas podiam criar anúncios no Facebook e Instagram com o botão “Enviar mensagem para o WhatsApp”, conhecidos como "clique para o WhatsApp".
Esses anúncios funcionam como portas de entrada para o atendimento ao cliente, facilitando a comunicação com lojas, prestadores de serviço e atendimento ao consumidor.
Agora, com a inclusão de publicidade dentro do próprio WhatsApp, essa experiência se torna ainda mais fluida, com o usuário podendo interagir diretamente com empresas sem sair da plataforma.
Experiência do usuário: Vai mudar o jeito como usamos o app?

Essa é a pergunta que muitos fazem: o WhatsApp vai virar outro Instagram?
Por enquanto, a resposta é não. A Meta tem sido cautelosa em manter intacta a essência do WhatsApp como mensageiro pessoal. As mudanças acontecem em áreas que muitos usuários nem acessam com frequência — como a aba “Atualizações”.
Mas com o tempo, é natural que a experiência vá se transformando, especialmente com o crescimento dos canais e dos conteúdos pagos. Assim como aconteceu com o Instagram, a plataforma pode ir se moldando cada vez mais ao estilo de um super app — agregando mensagens, conteúdo, publicidade e monetização num só lugar.
Comparativo com outras redes sociais
Para quem acompanha o universo digital, é fácil ver como o WhatsApp está seguindo o caminho de outras plataformas que começaram simples e, aos poucos, foram se tornando grandes ecossistemas de anúncios e monetização.
Veja esse comparativo:
Plataforma | Início | Monetização atual |
---|---|---|
App de mensagens | Anúncios no Status, Canais pagos, Promoção de Canais | |
Rede de fotos | Anúncios, Reels patrocinados, Lojas integradas | |
Rede social | Anúncios em feed, marketplace, vídeos patrocinados | |
Telegram | Mensageiro | Canais patrocinados, Assinaturas Premium |
Esse movimento mostra que nenhuma grande rede social sobrevive apenas com usuários ativos. É preciso gerar receita — e os anúncios são o caminho mais lucrativo.
Conclusão: WhatsApp está mudando — e é só o começo
A introdução dos anúncios no WhatsApp marca o início de uma nova fase. A Meta aposta em transformar seu aplicativo mais usado em uma plataforma de negócios, conteúdo e publicidade, sem perder a essência de comunicação pessoal.
A chave será o equilíbrio: até onde é possível lucrar sem tornar a experiência invasiva? Essa é a dúvida que só o tempo poderá responder.
Enquanto isso, usuários, empresas e criadores de conteúdo devem ficar atentos às novas possibilidades e usar a ferramenta de forma inteligente. Afinal, mesmo com anúncios, o WhatsApp continua sendo uma das plataformas mais poderosas do mundo digital.